sexta-feira, 26 de novembro de 2010

CUTE CUTE

No próximo verão, a moda infantil será influenciada pelas roupas de gente mais velha, como pais e avós. É o que propõe a Elian em sua mais nova coleção, através de um vestuário repleto de referências tradicionais, repaginadas com toques lúdicos e cores para cianças.
Para as meninas, o estilo retrô das avós é recriado em conjuntos, vestidos e blusinhas que parecem roupas de adultas. Laços, pérolas, lantejoulas, strass e glitter estão entre os principais detalhes das peças, que contam ainda com babados e drapeados.  
Tons de vermelho e goiaba predominam na cartela de cores, acompanhados por marinho e branco. Há também peças com influências militares, em efeitos de camuflado formando borboletas, trabalhados em tons de lilás, marinho e preto. Nestes modelos, o balonê é destaque.
Do esporte surgiram as referências para os lançamentos dos meninos. Em estilo college americano, as roupas recriam as características mais marcantes dos uniformes usados pelos atletas adultos. Predominam as camisetas e bermudas com listras e estampas de números e letras.
Na cartela de cores deles se destacam preto, cinza, roxo e muito branco, coordenados com azul, vermelho e amarelo. Na porção masculina dos lançamentos, atenção especial para jeans com lavagens diferenciadas, bermudas estampadas em tactel e polos.

Fotos: Divulgação
Eduardo Pedroso

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Trilogia das Cores de Krzystof Kieslowski

Talvez você, assim como muita gente, não goste do cinema europeu por achá-lo chato demais. E, na maioria das vezes é chato mesmo. Mas se toda regra tem uma exceção, Krzystof Kieslowski, cineasta polonês, é a exceção desse caso.

Kieslowski fez ao total 23 filmes, dentre os quais se destacam Amator (1979) - que conta a história de um cineasta abandonado pela mulher - e o Decálogo (1988 - feito para tv), dividido em dez partes contando cada uma, um mandamento bíblico. O destaque é o sexto mandamento, Não Amarás, que conta a história de um jovem ("Entre o amor platônico e a violência do desejo", conforme anuncia o cartaz...) que corta os pulsos ao ser rejeitado por uma mulher mais velha.

Mas sua obra-prima ainda estava por vir. Morando em Paris e desiludido com a política, Krzystof resolveu filmar as dores do mundo. A Trilogia das Cores, inspirada nas cores da bandeira francesa, e em seus significados, é um dos momentos mais poéticos do cinema nessa década.


Bleu, A Liberdade é Azul, (1993) é o primeiro e é um drama. Julie (a bela Juliette Binoche de O Paciente Inglês) perde o marido (famoso compositor) e a filha pequena em um acidente de carro. Tenta se matar mas não consegue pois se acha fraca para fazer isso. Fica só. E ser livre é, muitas vezes, difícil. Um flautista de rua lhe diz que é preciso se agarrar a algo mas ela já não quer mais nada pois bens, recordações, amigos, vínculos, são tudo armadilha. Gostaria mesmo é de pular no espaço, no céu azul, mas no fundo sabe que não se pode renunciar a tudo. Kieslowski transforma dor em sublimação. Bleu é um filme silencioso mas todos os sentimentos são para qualquer um tocar. Cada um é livre para fazer o que quiser embora a liberdade maior seja estar vivo. A fotografia é linda e a trilha sonora, do inseparável Zbigniew Preisner, sinfônica e imponente.


Blanc, A Igualdade é Branca, (1993) é o segundo e o mais perto que Kieslowski chega de uma comédia. Para Karol Karol (Zbigniew Zamachowski), estar vivo não é nada fácil. Polonês de Varsóvia, vai à Paris e é humilhado. Sua mulher, Dominique (a linda Julie Delpy de Antes do Amanhecer e Um Lobisomen Americano em Paris), pede o divorcio pois diz que Karol Karol não "consumou" o casamento (o que já é comédia demais, pois, imagina só, ser impotente com uma mulher linda como aquela, que ainda por cima, é francesa e lhe diz "se digo que te amo você não entende"!!! Ahh, é piada).

Em Paris tudo dá errado, desde seu cartão de crédito ser cancelado até ser alvo de um tiro certeiro de um pombo. Acaba sem dinheiro, sem passaporte e sem esposa. Consegue voltar para a Polônia dentro de uma mala, mas ao chegar lá, a mala é roubada (sujeito de sorte esse). Quando, enfim, consegue chegar a sua casa, está todo arrebentado. Volta a trabalhar normalmente e com o tempo arquiteta um plano para montar uma fortuna que o possibilite aplicar as mesmas peças na ex-esposa, afinal, a igualdade é branca, como um véu de noiva, como a neve, como pombos voando e como um orgasmo. Blanc é cômico mas não chega a ser uma comédia. Kieslowski fez um belo filme que, se não fica a altura de Bleu e Rouge, com certeza alegra coração e alma. A trilha de Preisner é pontuada por tons melancólicos extraídos de clarinete com suavidade e, ás vezes, silêncios. Ah, eu já ia me esquecendo. A profissão de Karol Karol no ínicio do filme era cabelereiro...


Rouge, A Fraternidade é Vermelha, (1994) é o terceiro e último e é simplesmente sublime. Parece mais uma poesia sem palavras amparada em uma fotografia magistral e no rosto de Irene Jacob (musa de Kieslowski que havia feito com ele, dois anos antes, o misterioso A Dupla Vida de Verónique) flutuando em tons vermelhos de carros, sinais fechados, bolas de boliche, outdoors, cerejas e sangue.

Irene é Valentine, modelo suíça vivendo em Paris, longe do namorado ciumento. Sua história é interligada a de um jovem que estuda para ser juiz. Certa noite, Valentine atropela uma cadela e ao leva-la ao endereço da coleira, conhece um estranho senhor que passa seus dias ouvindo ligações telefônicas dos vizinhos. Desse encontro surge uma amizade iniciada em repulsa mas que, aos poucos, modifica a vida dos dois personagens. Kieslowski brinca e se diverte com os acasos, com destinos marcados para se cruzar pois a inevitabilidade existe, embora cada um tenha que viver a sua própria vida. Para ele não é difícil adivinhar os caminhos da vida. Basta se comunicar. Olhar nos olhos.

Rouge é arrepiante e sua cena final, uma pequena surpresa, mas só para quem assistiu aos outros dois. Ravel passeia com seu Bolero em várias cenas e é a base da excelente trilha sonora de Preisner. Rouge transborda poesia e possibilidades, em silêncios comoventes, mesmo quando caí um cinzeiro, mesmo quando vidraças se quebram, mesmo quando um alarme de carro dispara. É tudo como se incendiássemos gelo. Água que escorre entre os dedos e deixa, por fim, as mãos molhadas...

Consagrado internacionalmente após a trilogia, em 1995, Kieslowski abandonou as câmeras por que disse que estava achando tudo muito chato e preferia viver ao invés de fazer cinema. E não fez mesmo. Não teve mais tempo. Morreu de enfarto, aos 55 anos, em março de 1996.

A Liberdade é Azul ganhou o Leão de Ouro em Veneza como melhor filme e melhor fotografia, tendo ainda Juliette Binoche como melhor atriz. Binoche também ganhou o Cesar que também foi concedido ao filme nas categorias melhor montagem e melhor som. Para fechar, três indicações ao Globo de Ouro: Melhor filme estrangeiro, melhor música e melhor atriz.

A Igualdade é Branca deu o Urso de Prata em Berlim para Kieslowski como melhor diretor.

A Fraternidade é Vermelha ganhou Cannes como melhor filme, o Cesar por melhor trilha sonora e foi indicado ao Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro e ao Oscar como melhor direção, melhor roteiro e melhor fotografia.



Vai aí uma excelente dica fora do circuito blockbuster!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Qualquer semelhança....



 Vendo esse figurino que a Rihanna usou na versão italiana do X-Factor, eu só é possível lembrar de uma coisa...

sábado, 13 de novembro de 2010

Arte

"Tramazul” é uma intervenção criada por Regina Silveira,  para o MASP, em imagem digital sobre vinil adesivo que recobre integralmente os vidros externos do Museu na extensão e altura de suas quatro fachadas.
Regina Silveira é conhecida internacionalmente também por obras que interferem em espaços e edifícios, dentro e fora deles, como a instalação “Lumen” (2005) que cobriu o Palácio de Cristal do Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, em Madri; a “Tropel Reversed” (2009), vinil adesivo de 700 m² sobre o Køge Art Museum, na Dinamarca; as instalações “Entrecéu”, no Museu da Vale, no Espírito Santo (2007); “Claraluz”, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo (2003).
A imagem de “Tramazul” é a de um céu azul com nuvens claras, próxima às imagens de céus que se refletem naturalmente nos vidros dos edifícios, com a diferença de estar construída como um gigantesco bordado em ponto de cruz. Um visual fantástico !

sábado, 6 de novembro de 2010

Meu preferido



Yohji Yamamoto apoia toda a sua criação nas brincadeiras com o corpo humano. A sua ênfase é no tecido, explorado através de formas simples e eficazes. De estética tranquila e roupas volumosas, Yohji demonstra ter uma profunda sensibilidade humana.




quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Acontece em BH